domingo, 29 de novembro de 2020

Crescendo com o dia a dia

 


A resiliência se faz com o tempo...
Costumamos esperar pouco de nós mesmos.
É comum nos sentirmos fracos,  
nos sentirmos menores que os desafios.
Temos momentos de fragilidade, 
detalhe que não nos tira o dever da batalha.
Mais cedo ou mais tarde seremos cobrados 
pelas responsabilidades de nossas escolhas, 
teremos que assumir as consequências.
Busque o autoconhecimento...
Perceba melhor suas capacidades! 
Agimos, erramos, quebramos a cara.
Agimos, erramos e erramos novamente.
Natural que nossa formação aconteça com as falhas,
elas são os exercícios que moldam nossas conquistas.
Confie!
A vitória vai chegar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Militância que nos conecta


 
         
A necessidade de registrar uma sensação de conexão minha com as lembranças de meu pai me faz escrever este texto, tenho sentido novamente e com muita intensidade a magia causada pela escrita, mais exatamente pelo poder que a mesma tem de eternizar sentimentos.
Para que eu tenha condições de despertar a sensibilidade com as palavras e aumentá-la, procuro ter referências de outros escritores e poetas, algumas referências são buscadas, outras, nos buscam e nos completam.
A trajetória literária de meu pai me atravessou muito sem que eu tenha procurado, uma das razões que contribuíram significativamente para isto foi a proximidade da minha vida com o seu trabalho. É evidente que há elementos que distanciam e elementos que unem o meu modo de escrever e o dele. Não gosto muito de discutir esta questão, justamente para fugir de qualquer comparação.
Mas, um detalhe me traz orgulho e ao mesmo tempo traz para perto de mim o meu pai, a veia inquietante da militância política talvez seja uma das coisas que mais me aproxima dos escritos de José Cardoso Costa (Zé Bedeu), é claro que nossas inquietações políticas se confundem e ao mesmo se diferem.
Algumas problemáticas e opressões que enfrentamos foram iguais e algumas diferentes, assim como nossas vivências.
No decorrer da leitura do livro de memórias: Confesso que Vivi de Pablo Neruda, percebo-me atraído por uma causa revolucionária que envolve a obra do chileno, e penso realmente que a obra de qualquer artista deve estar disponível para atender causas sociais que clamam por revoluções. Pelo menos, gostaria que a minha também fosse conhecida e respeitada por tal característica.
O que isto tem a ver? Simples, meu pai também era apaixonado com as possibilidades que os seus poemas tinham de revolucionar, ele desejava isto! Ele bebeu na fonte de muitas revoluções latino americanas.
Eu sou eu e o meu pai foi o meu pai, óbvio. Porém, mesmo que de formas diferentes, as minhas palavras estão disponíveis para servir novas lutas, assim como as palavras de “Zé Bedeu” foram armas para as lutas dele.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Conversando com os astros


    

   Existe alguma coisa neste mundo mais carregado de confidências do que o céu?
   Creio que não. 
   Olhar para o céu e trocar ideias com a lua, as estrelas, o sol ao nascer pela manhã me enche de esperança.
   É uma forma tão aconchegante de desabafar... Tanto quanto escrever. Simplesmente amo! Fico ali concentrado, tentando enxergar soluções através de possíveis códigos desenhados entre estrelas e nuvens. Acredito que as respostas dos meus problemas, de minhas perguntas secretas e complicadas irão aparecer como num passe de mágica. 
   O céu é o melhor dos ouvintes, é um baú de grandes conselhos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

O que temos afinal?

 


  Vem chegando a noite, junto com ela vem a certeza de que nada no mundo é permanente, o amanhã está por vir, mas, será que teremos o amanhã? Na medida que os raios solares partem,  se despedem momentos inesquecíveis, tempos de alegrias e de tristezas, vitórias e derrotas. Colhemos experiências e deixamos o que achamos nos pertencer... Nada nos pertence! Nem mesmo as experiências colhidas. 
   O que temos afinal? 
   Tivemos o passado do qual não somos mais senhores, vivemos no presente onde não temos controle, do futuro temos expectativas que se desfazem.
  Muitas coisas me fascinam... Muitas coisas me fazem abaixar a cabeça... Muitas coisas me fazem erguê-la. São raros os mestres em carregar na face sorrisos atrás de sorrisos, mesmo diante das crises.
  Embora algumas coisas estejam se encaixando em meio ao percurso, desejaria só por pequenos segundos satisfazer uma vontade, reviver nos meus sentidos a presença de um alguém importante... As nossas memórias estão se apagando, como as próprias rochas que por mais fortes que sejam, são deterioradas pelos poderes da natureza. 
   Sinto saudade de você, sinto saudade de acreditar que sempre seríamos nós dois...
   Me enganei.